cinzeiro...

Então, depois de algum tempo, eu voltei a ativa.
Não como queriam
E sim, sendo eu mesmo
já sem medo de dizer o que penso
Aind'assim, tenso
Contraindo
a boca como o arco
prestes a disparar blasfêmias

talvez um pouco áspero, mas sincero
um copo grande de vinho e um cinzeiro cheio
O maço vazio e o cheiro
que talvez sintam da minha boca... Meu jeito
não mudou nem por aquela moça
Não-fumante
declarou não gostar nem um pouco
um beijo oco...
Vazio...
tragando minha fé, como um buraco negro
redemoinho...

tentando não lembrar, a raiva ainda vem:
'Esse beijo, que lembra banana verde'
garganta seca e olhos molhados...
Mais um chute na minha história foi colecionado....

uma semana já se havia passado

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Amanheça seu corpo enquanto eu observo

  Então, fizemos isso de novo.
  Havia tempos não a via
  e eu já me esquecia
     o seu gosto
  o quanto eu gostava do seu corpo

  Avisou-me "Não haverá outra vez"
 de conquistador a objeto de conquista
 odeio dizer, mas digo mais uma vez
 não a tenho, não é minha

  Adormecia o corpo nu branco e brando na penumbra...
  Adormecia e sonhava, não comigo
 Os olhos e a mente guardaram a imagem..
  e ela reinava naquela cama e eu me rebelava com um cigarro aceso
 'não diga que me ama! não diga que me ama!'
 "Eu te amo"
 "Eu também"

E essa foi a menos dolorida forma de dizer adeus
O bom amor sempre se julga no presente...

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