cinzeiro...

Então, depois de algum tempo, eu voltei a ativa.
Não como queriam
E sim, sendo eu mesmo
já sem medo de dizer o que penso
Aind'assim, tenso
Contraindo
a boca como o arco
prestes a disparar blasfêmias

talvez um pouco áspero, mas sincero
um copo grande de vinho e um cinzeiro cheio
O maço vazio e o cheiro
que talvez sintam da minha boca... Meu jeito
não mudou nem por aquela moça
Não-fumante
declarou não gostar nem um pouco
um beijo oco...
Vazio...
tragando minha fé, como um buraco negro
redemoinho...

tentando não lembrar, a raiva ainda vem:
'Esse beijo, que lembra banana verde'
garganta seca e olhos molhados...
Mais um chute na minha história foi colecionado....

uma semana já se havia passado

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Amor


Ele viu tropas 
marchando 
endo sujando
os seus vales
botas pesadas
fuzis
batalhas
e viu crianças
chorando
e manchando 
o seu jardim
ajoelhadas

Lágrimas
sem fim
enquanto
aviões 
batalhando 
e acinzentando 
o seu céu
já se esqueceu 
de quem 
ele era

Ele viu 
mansões
e prédios
se erguendo
e hippies 
dizendo 
seu nome 
em seu velório
com flores
e com núcleos
arrancadas
dos seus
jardins
e das 
crianças
ajoelhadas

Ele viu
 desejos
promíscuos
disfarçados 
não seu nome

Então,
de súbito
como o homem
não acreditava nele
mas mentia
em seu nome
ele abandonou 
o coração
de todos 
os homens

E isso era só o começo do fim...

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